Percebemos que no português do Brasil existem as
formas: Por nada!, Não há de quê!, De
nada!, Imagina!, Não seja por isso!, Obrigado você!, Obrigado eu! etc.
Como adjetiva, pois a forma deve concordar com o
gênero de quem emite a mensagem: homem agradece com obrigado, pois está grato;
mulher agradece com obrigada, pois
está grata, explica o professor
Diogo Arrais.
Arrais segue explicando que no dicionário Houaiss, o
termo obrigado, forma no particípio
do verbo obrigar, é o que se sente devedor de um favor, de uma amabilidade;
agradecido, grato – Ficamos-lhe
obrigados por tantas gentilezas.
Traz ainda assim Celso Luft, no Dicionário Prático de
Regência Verbal: Sua gentileza muito os
obrigou.
Em termos semelhantes: Sua gentileza tornou-os gratos.
Na situação prática, um sujeito, diante de um favor
prestado, diz:
Fico-lhe
obrigado por tal ação.
Em natural resposta, o outro sujeito, bem-educado,
confirma que se sente devedor de tal favor, agradecido, grato:
Obrigado
fico eu por poder fazer!
(EU é que me sinto OBRIGADO a fazer isso a você!)
Várias pessoas, também, poderiam agradecer:
– OBRIGADOS, também, ficamos NÓS!
Em novas palavras, por questões redução da mensagem,
elipse (omissão de termos), surgem as seguintes expressões de agradecimento,
concordando com o gênero de quem emite a fala:
Obrigado
ou obrigada!
Obrigado
eu ou obrigada eu!
Obrigados
nós ou obrigadas nós!
A resposta ao agradecimento pode ser:
Por
nada (não me agradeça por nada)
Obrigado
a você (sou grato a você)
Obrigado
eu (grato fico eu)
IMPORTANTE:
Evita-se as formas obrigado você (como se o outro sujeito do diálogo tivesse que
necessariamente ser grato, obrigado) e de
nada.