Ao ser levado à delegacia para ser reconhecido por mais vítimas, Adson Muniz diz que quer se curar
Foto: Reprodução
O ex-vereador de Jussiape Adson Muniz, 34, preso na
semana passada como suspeito de cometer uma série de estupros, sequestros e
roubos, foi levado na última segunda-feira (16) à 1ª Delegacia de Defesa da
Mulher (DDM) para ser reconhecido por mais vítimas. Ao deixar a delegacia, Adson Muniz afirmou que quer fazer tratamento psicológico.“Eu também não sei o que se estava passando pela minha
cabeça, eu preciso de um tratamento, e eu quero me curar”, disse. Na tarde de ontem, nove
mulheres seriam ouvidas.
Ao menos 21 mulheres teriam sido abusadas sexualmente
e roubadas por Adson Muniz Santos desde 2012, segundo investigação da policial,
que afirmou que o acusado não tinha passagens pela polícia. A última vítima foi
atacada no dia 6 de outubro ao sair de carro do estacionamento de um empório de
luxo no Jardins, área nobre da capital. Câmeras de segurança gravaram o momento
em que ele sinaliza à motorista com um distintivo falso e a obriga parar o
veículo. A vítima foi estuprada e teve pelo menos R$ 1 mil roubados.
Adson se passava por agente federal e produtor de TV
para abordar as vítimas. Denúncias anônimas e imagens divulgadas nas redes
sociais ajudaram a Polícia Civil a prender Muniz na última quarta-feira (11). No
entanto ele continua negando os crimes.
Nove mulheres já prestaram depoimento e reconheceram o
suplente de vereador de Jussiape como o autor dos crimes. Cinco delas foram
estupradas. Pela lei, não há mais necessidade de haver conjunção carnal para se
configurar o estupro. Para tipificar o crime é preciso simplesmente que haja
violência.
Uma câmera de segurança flagrou Adson com mais uma
vítima no dia 2 de outubro, segundo mostrou o Fantástico no domingo (15). Ele
abordou a mulher fingindo ser produtor de TV e disse que gostaria de fazer
testes para o reality show, que seria exibido em cadeia nacional. Adson usou
uma arma de brinquedo para obrigar a mulher a tirar a roupa e fazer sexo oral
nele.
Adson Muniz está preso temporariamente por 30 dias no
77º Distrito Policial (DP), em Santa Cecília, Centro de São Paulo. A DDM deverá
pedir a prisão preventiva dele à Justiça. Todas as vítimas foram orientadas a
voltar à Primeira Delegacia de Defesa da Mulher, no Centro, na segunda-feira para
fazer um boletim de ocorrência único. A 1ª DDM fica na Rua Bitencourt
Rodrigues, 200, no Centro. O telefone de lá é (11) 3241-3328.